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Violência doméstica não tem idade: o que todo idoso e idosa precisa saber

Por Simone Cabredo

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Sim, idosas também sofrem violência doméstica

É comum pensarmos em violência doméstica como algo que acontece apenas entre casais jovens. No entanto, a realidade é  que muitas mulheres idosas também enfrentam agressões dentro de suas próprias casas.

Homens também sofrem mas hoje vamos falar de violência doméstica contra a mulher, protegidas a qualquer idade pela Lei Maria da Penha.

Essas violências podem ser físicas, verbais, financeiras, emocionais ou até mesmo digitais e muitas vezes são praticadas por pessoas próximas, como filhos, netos, cônjuges ou cuidadores.

Quem pode ser o agressor?

O agressor é alguém do âmbito doméstico. Não existe previsão legal para violência doméstica contra homens.

Trata-se de alguém com quem a vítima convive ou confia: familiares, parceiros, cuidadores…

Por quê cuidador? Porquê a depender da frquência ele/ela se enquadra no âmbito doméstico, mas não se preocupem se não for o caso ainda temos o Estatuto do Idoso e o Código Penal. Vamos aos poucos falando de tudo mas saibam que o idoso tem proteção.

A relação de dependência seja emocional, física ou financeira acaba sendo usada como forma de controle, chantagem ou humilhação. Isso torna ainda mais difícil para a vítima romper o ciclo de violência.

Tipos de violência segundo a Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) reconhece que a violência doméstica pode se manifestar de diferentes formas. Essas definições se aplicam também às mulheres idosas obviamente:

  • Física: empurrões, tapas, beliscões, agressões com objetos.
  • Psicológica: xingamentos, ameaças, humilhações, isolamento social.
  • Sexual: forçar relações, toques sem consentimento, impedir uso de proteção.
  • Patrimonial: reter aposentadoria, furtar objetos ou documentos, forçar empréstimos.
  • Moral: ofensas, acusações falsas, humilhações públicas.
  • Virtual: exposição não autorizada de imagens, chantagens, mensagens abusivas.

Exemplos reais e cotidianos

Essas situações são mais comuns do que parecem. Veja alguns exemplos reais de violência contra pessoas idosas:

  • Filho que pega toda a aposentadoria da mãe e não dá explicações.
  • Neta que grita com a avó, a isola da família e não permite visitas.
  • Cônjuge que impede a parceira de sair de casa ou falar com os vizinhos.
  • Cuidador que dá menos comida de propósito ou deixa o idoso sujo.
  • Parente que obriga a idosa a assinar papéis sem explicar o conteúdo.
  • Filho que ameaça “colocar a mãe em um asilo” se ela não obedecer.

Como buscar ajuda?

O primeiro passo é entender que nenhuma forma de violência deve ser aceita como normal, mesmo que venha de um familiar. O silêncio só protege o agressor. Se você está passando por isso ou conhece alguém em situação parecida, existem caminhos para pedir ajuda com segurança:

  • Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher (também atende casos de violência contra idosas).
  • Ligue 100 – Disque Direitos Humanos, que recebe denúncias anônimas.
  • Procure uma Delegacia de Defesa da Pessoa Idosa ou da Mulher.
  • Converse com um advogado.

Respeito não envelhece

A idade não pode ser usada como justificativa para silenciar, controlar ou agredir alguém.

Toda pessoa tem o direito de viver com dignidade, carinho, autonomia e segurança. Ouvir, acolher e orientar uma pessoa idosa pode salvar vidas.

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Ajuda do Dicionário

Código: Conteúdo escrito de uma forma que computadores possam interpretar para realizar determinadas ações.

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Sobre a autora: Simone Cabredo

Iniciou sua trajetória na área de Tecnologia, mas foi no Direito que encontrou sua verdadeira vocação. Hoje, atua como advogada criminalista, combinando estratégia e técnica para defender seus clientes com dedicação e humanidade. Fora dos tribunais, está sempre estudando e mergulhada em um bom livro. Adora cuidar de seus bichinhos, curtir um bom show de rock e se perder em filmes, maratonas de séries e doramas.

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