Recentemente encontramos um cachorro perdido na rua. E foi bastante trabalhoso encontrar o dono. Mas depois de 4 dias, quando estávamos quase desistindo, felizmente encontramos!
Embora ele tenha tido um final feliz, teria sido muito mais simples e rápido se a dona tivesse seguido algumas dicas. Então que tal mais ninguém cometer o mesmo erro? Seguem algumas dicas para todos aumentarem as chances de encontrar seu animal perdido!
O que você pode fazer agora antes de perder o animal
É obvio que sempre tomamos o máximo de cuidado com nossos animais de estimação. São praticamente nossos filhos e nunca queremos seu mal. Mas infelizmente acontecem incidentes que pode levar a perda/fuga do animal. Um portão aberto, um barulho alto ou até mesmo assaltos estão entre as principais causas de fuga dos bichinhos. Por isso é sempre bom prevenir e preparar seu animal para ser encontrado nesses casos!
1- Colocar uma coleira com informações
Pingente com nome na frente e telefone atrás, feita de plástico.
Não precisa ser algo super chique. Pode começar com um esparadrapo ou papel protegido por durex com nome do cachorro e telefone para contato.
Se preferir algo mais elegante, tanto na internet quanto em petshops é possível comprar um pingente e gravar essas informações.
Elas podem ser de plástico, silicone (mais leves e fazem menos barulho) ou de metal (mais bonitos e duráveis). Não importa o modelo. O importante é sempre deixar 100% do tempo preso com o animal, mesmo em casa.
Pitaya com seu pingente de silicone com nome e telefone de contato
2- Implantar um microchip
Microchips RFID para identificação
Essa é a principal maneira de identificar o animal. Se o animal for roubado ou encontrado sem a identificação, o veterinário em um exame de rotina pode encontrar o dono através desses microchips.
Funciona assim: Com uma seringa um pouco mais grossa que as tradicionais, um chip é inserido embaixo da pele do animal, na região do pescoço. É praticamente indolor e funciona para o resto da vida (não precisa de bateria). Com um leitor o veterinário consegue ver o número do chip.
Esse processo custa até R$200, mas alguns planos de saúdes fazem de graça.
Leitura do microchip
3- Cadastrar o chip
Não adianta você implantar o chip em seu pet e não cadastrá-lo. Somente assim alguém que encontrar o seu animal vai conseguir entrar em contato com você.
Alguns sites onde fazer isso:
https://sinpatinhas.mma.gov.br/ – precisa da conta .gov.br pra cadastrar, mas não para procurar
https://petlink.com.br/busca-de-microchip/
https://www.animalltag.net/ (esse achei ruim)
4- Fotos nítidas
Uma foto do Bolinho. Mostra detalhes do rosto, onde estão suas principais características
Tenha sempre separado algumas fotos nítidas do seu animal, principalmente de frente, de lado, por cima principalmente algo especial que só ele tem: um tufo de pelos de outra cor em uma área, alguma marca de cirurgia, ponta das patas, cor dos olhos, etc.
5- Verifique rotas de fugas
Em dias festivos é muito comum a queima de fogos. Esse barulho assusta muito os animais, que podem ficar descontrolados. Sempre tenha um cantinho onde eles possam se sentir confortáveis e protegidos. Importante também deixar portas e janelas tranacadas.
6- Tags de localização
Se tiver um animal de médio ou grande porte, você pode colocar algumas tags de localização (Air Tags da Apple ou Smart Tags da Samsung) ou até mesmo GPS.
As tags enviam sinal sempre que o animal passar por algum smartphone da mesma marca. É mais barato, mas se ele estiver em uma área pouco habitada, talvez não ajude.
Já os GPSs enviam a localização exata naquele instante. Mas é um pouco mais caro, exige plano de assinatura e atenção com a bateria do dispositivo.
Perdi meu animal! E agora?
Agora quanto mais rápido for, melhor
1- Mande um aviso para todos do seu Whatsapp, principalmente os que moram perto de você
Nas primeiras horas o animal provavelmente ainda estará nas redondezas. Então quanto mais gente ficar sabendo, melhor.
2- Procure o quanto antes pelas redondezas
Ande de carro pela região chamando o animal e perguntando se alguém o viu. Deixe seu contato em petshops e hospitais veterinários. Passe inicialmente em lugares que vocês sempre andam. Ele reconhece o ambiente pelo cheiro do xixi e no começo tende a ficar em lugares mais conhecidos.
Se tiver mais pessoas de carro, limite um grupo procurando nas áreas pertos e outro alguns quarteirões mais longe.
3- Use e abuse das redes sociais
Caso a busca não resolva, divulgue em todas as redes sociais – Instagram, X, Threads, Facebook e Tiktok. Encontre grupos do bairro e de animais perdidos e poste lá! Volte nos outros dias e poste novamente para que a foto sempre fique visível e fácil de achar. Use Hashtags mencionando os bairros vizinhos também! Por exemplo #Ipiranga #VilaMariana #Saude # VilaClementino
Coloque palavras chaves NO CAMPO DE TEXTO E NA IMAGEM porque isso vai facilitar a busca caso alguém encontre. Um exemplo: Cachorro raça Shih Tzu ou Shitsu cor branco e marrom. 4 anos de idade. Fugiu no bairro da Vila Mariana em São Paulo. Qualquer informação entre em contato pelo telefone/whatsapp 11 98765-4321. Coloque sempre uma foto de corpo inteiro mas que mostre alguns detalhes. Também publique em sites como https://www.viumeupet.com.br/.
Utilize termos que uma pessoa leiga possa entender. Use o nome popular da raça junto na descrição. “Spitz Alemão / Lulu da Pomerânia”, “Dachshund / Salsicha”.
Não esqueça de deixar o post público!
De novo: Não deixe o texto somente na imagem. Deixe na parte de texto também, porque somente assim a busca dos sites funcionam.
Cartaz com foco na imagem do cachorro
Post nas redes sociais, com a mensagem NO TEXTO e não na imagem, palavras chaves e sem termos difíceis. Tudo para facilitar a busca.
4- Cuidado com os Golpistas
Muito cuidado com as mensagens que você receber. Infelizmente algumas pessoas tentarão se aproveitar desse momento de fragilidade e tentar aplicar golpes como falso sequestro e pedindo resgate. Tente manter a calma e peça alguma prova como vídeos do animal.
5- Busquem por profissionais
Se tiverem condições financeiras, contratem especialistas! Existem empresas que possuem cães farejadores treinados para encontrar animais perdidos. Vale a pena pesquisar se em sua cidade possui alguma equipe que faça esse trabalho.
6- Mantenha seu animal em casa
Eu sei que existem muitos donos de gatos que permitem que ele saia de casa. É importante saber que gatos que saem de casa podem ser contaminados por doenças como a Leucemia Viral Felina (FeLV), podem brigar e sairem bastante machucados, podem ser atropelados, envenenados, perdidos e até adotado por novos donos. Além disso, muitas espécies nativas da região acabam sendo extintas justamente por gatos criados soltos.
Mesmo se nada disso acontecer, existem pesquisas que mostram que gatos sem acesso à rua tem tempo médio de vida de 15 a 20 anos, enquanto que os que saem na rua raramente chegam a 5 anos de idade.
Resumo: “É melhor prevenir do que remediar”. Algumas ações tomadas agora podem evitar muita dor de cabeça em caso de fuga do seu animal de estimação.
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