Imagine a cena: Dois vizinhos, cada um em sua janela, conversam em voz alta. Todo mundo que está em volta consegue ouvir essa conversa.
Isso não seria um problema tão grave se eles estiverem falando amenidades do dia a dia. Mas se eles estiverem falando sobre dados de cartão de crédito? Ou sobre alguma informação importante? Ou sobre senhas?
Era assim que era a internet nos anos 1990. Praticamente tudo que circulava pela rede poderia ser interceptado por algum curioso. Isso também não seria um problema mas com a transferência de dados sigilosos, ficou complicado!
Esse problema sobre informações abertas não é um problema novo. Por exemplo, nas guerras era muito comum rivais tentarem interceptar a comunicação dos adversários para descobrirem os passos futuros!
Nesse contexto surgiu a ideia de criptografia: Você “bagunçar um texto” de maneira que só quem escreve e quem lê pode entender.
Trocando dados criptografados na Internet
Uma das coisas legais dos navegadores que usamos para acessar a internet (Chrome, Safari, Internet Explorer, Edge, etc) é que muita coisa legal acontece sem a gente ver. Por exemplo: Hoje em dia praticamente todo conteúdo que a gente acessa na internet é criptografado. Isso é: Se por acaso alguém no meio do caminho pegar seus dados (em informática chamamos isso de “sniffing”), ele vai estar embaralhado de uma maneira que levaria a idade do universo para tentar desembaralhar.
Você percebia isso quando aparecia um “S” de “Seguro” nos endereços do site: httpS://vovospontocom.com. Basta clicar no endereço que você vai ver!
Em alguns navegadores como o Edge ele mostra inclusive um cadeado
E como funciona essa criptografia?
Imagine que você quer ver comprar um presente pela internet. A loja pede o número do seu cartão de crédito. Para receber esse dado secreto com segurança, ele fabrica um cadeado e uma chave e manda o cadeado aberto para você.
Você escreve uma resposta – sua senha e quando você clica em “Enviar”, o seu navegador tranca tudo, coloca o cadeado e manda de volta para o site.
Se alguém no caminho pegar essa informação, ele não vai conseguir abrir porque ele não tem a chave. Somente quem fabricou o cadeado tem a chave. E essa chave é muito bem guardada no site.
É só no navegador que usamos criptografia?
Não! Praticamente em TUDO que exige segurança atualmente tem que ser criptografado. Inclusive tem alguns mais avançados como jogos de videogame, livros online ou música que só conseguem ser abertos se você estiver no programa do fabricante.
Agora, duas coisas IMPORTANTÍSSIMAS que todo mundo tem que saber sobre criptografia:
1- Um site com criptografia não garante que ele seja verdadeiro. Um Phishing (um site falsificado que abordamos AQUI) como bladesco.com.br pode ter um cadeado mostrando que seus dados estão criptografados. Ou seja, você vai passar seus dados para o ladrão de maneira segura. Isso não é bom!
2- Vai entrar em algum wi-fi público (bares, restaurantes, etc) e ele não pede senha? Não se conecte nele.
Mas eu preciso sempre ficar de olho nesse cadeado?
A resposta antigamente seria “SIM” mas atualmente os principais navegadores só aceitam navegar em sites com criptografia. Caso contrário, eles exibem um alerta “Sua conexão não é particular”. Nesse caso, só fechar a janela.
O Whatsapp fala muito em “criptografia de ponta a ponta”. O que isso significa?
Na maioria das vezes, o servidor com que a gente está em contato tem a chave da criptografia. Ou seja, ele consegue ver as mensagens trocadas entre o usuário.
No caso do Whatsapp é um pouco diferente: somente os usuários tem a chave para descriptografar a mensagem. Nesse caso, nem o pessoal do Whatsapp consegue ver o que está sendo escrito.
Tanto é que quando um amigo seu troca de celular, o Whatsapp avisa que a chave para criptografar a mensagem foi alterada.
Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário que responderemos 🙂
Resumo: A criptografia é muito importante para que outras pessoas não consigam interceptar mensagens importantes. Praticamente todo dado trafegado pela Internet é criptografado, garantindo a privacidade do usuário.
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